quarta-feira, 21 de setembro de 2011

intrumentos cirúrgicos



Abaixo relacionamos alguns instrumentos. Confira.

Página 01

Abaixa língua Bruenings
Afastador Balfour
Afastador Farabeuf Afastador Finochietto


Afastador Gelpi Afastador Gosset
Afastador Senn Muller Afastador Weitlaner
Cânula Frazier Cânula Yankauer


segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Paramentação

Como proceder uma paramentação correta.
Neste capítulo você vai acompanhar em texto e ilustrações os passos para uma paramentação eficiente e segura.
Como se paramentar de maneira eficiente e segura
Para uma paramentação segura devemos tomar certos cuidados antes de pegarmos o avental. São eles:

1 - Certificar-se de que o pacote está estéril (através de adesivo identificador no próprio pacote);
2 - Pedir à circulante que abra o pacote para você;
3 - Verificar o espaço disponível, se não há mobiliário ou pessoas atrapalhando sua movimentação.

Tomados estes cuidados podemos prosseguir com a paramentação.

Abaixo ilustramos e detalhamos as operações a serem seguidas.
Retire o avental do pacote, abra-o e segure-o com as duas mãos por dentro dele na região dos ombros.
Erga as mão e introduza o quanto puder seus braços no avental, em seguida peça à circulante que lhe ajude a ajeitar o avental.
Segure as cordas afastadas do avental por seu meio, enquanto a circulante amarra seu avental.
Entregue as pontas à circulante e espere que ela amarre.
Caso o avental seja do tipo opa, faça um bolinho com o fio maior e entregue-o à outra mão dando a volta por trás de seu corpo.
Puche bem a ponta maior para fechar o avental atrás.
Com a outra mão amarre as duas pontas.
No punho procure deixar o dedal preso no dedão, assim o avental ficará mais firme e não poderá encolher durante a cirurgia.
Calce a luva esquerda se for destro e direita se for canhoto em primeiro.
Depois calce a outra luva.
Nunca encoste a luva calcada em sua pele. Isso causaria a contaminação e seria preciso recomeçar o processo.
Passe a luva por seu punho para vedar completamente o contato de sua pele com o paciente.
Caso seu avental não possua dedal, certifique-se de que o punho está bem para frente.
Segure o punho com a palma da mão.
Passe então a luva até sentir que ficou firme.

Escovação cirúrgica

Escovação cirúrgica

  • lavar as mãos, antebraços, até a região dos cotovelos utilizando-se água e sabão antimicrobiano;
  • abrir as embalagens individuais, com anti-séptico para escovação;
  • limpar as áreas subungueais com as espátulas de unha;
  • escovar as faces lateral e medial de cada dedo, as comissuras interdigitais, o dorso ea palma da mão;
  • passar ao antebraço e daí ao cotovelo, mantendo-se as mãos mais elevadas que esses;
  • repetir o mesmo processo para o outro membro;
  • enxaguar as mãos, antebraços e cotovelos utilizando-se água em somente uma direção, a partir das mãos, sem movimentos dos membros para frente e para trás;
  • deve-se utilizar uma tintura alcoólica da mesma solução anti-séptica, deixando-a escorrer, a partir das mãos - procedimento não realizado em todas as intituições cirúrgicas;
  • seguir para a sala de cirurgia mantendo-se as mãos acima do nível dos cotovelos.

Obs:- Alguns textos preconizam determinado tempo para a escovação, outros indicam números de escovadelas necessárias.Digo que o importante é a consciência e seguir o processo correto, atentando para cada uma das etapas, leva em média de seis a oito minutos para uma escovação completa para os dois membros.
  • lavar as mãos, antebraços, até a região dos cotovelos utilizando-se água e sabão antimicrobiano;
  • abrir as embalagens individuais, com anti-séptico para escovação;
  • limpar as áreas subungueais com as espátulas de unha;
  • escovar as faces lateral e medial de cada dedo, as comissuras interdigitais, o dorso ea palma da mão;
  • passar ao antebraço e daí ao cotovelo, mantendo-se as mãos mais elevadas que esses;
  • repetir o mesmo processo para o outro membro;
  • enxaguar as mãos, antebraços e cotovelos utilizando-se água em somente uma direção, a partir das mãos, sem movimentos dos membros para frente e para trás;
  • deve-se utilizar uma tintura alcoólica da mesma solução anti-séptica, deixando-a escorrer, a partir das mãos - procedimento não realizado em todas as intituições cirúrgicas;
  • seguir para a sala de cirurgia mantendo-se as mãos acima do nível dos cotovelos.

Obs:- Alguns textos preconizam determinado tempo para a escovação, outros indicam números de escovadelas necessárias.Digo que o importante é a consciência e seguir o processo correto, atentando para cada uma das etapas, leva em média de seis a oito minutos para uma escovação completa para os dois membros.

Ética Profissional é compromisso social


Rosana Soibelmann Glock
José Roberto Goldim


Conceituação: O que é Ética Profissional?

É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.

Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.

A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.

O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores afirmam que o Direito é um sub-conjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.

A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.

Ética Profissional: Quando se inicia esta reflexão?

Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem antes da prática profissional.

A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.

Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.

Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira, não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma classe, e há deveres a cumprir.

Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante o dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual.

Ética Profissional: Como é esta reflexão?

Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado ao dia-a-dia.

Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo.

Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente? Realizo corretamente minha atividade?

É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer.

Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de atividades que dependem do bom desempenho desta.

Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.

Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.

Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja qual for sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada a seu viver.

E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.

Ética Profissional e relações sociais:

O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as PESSOAS.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz A COISA CERTA.

Ética Profissional e atividade voluntária:

Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou atividade que exerce, em oposição a Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce atividade voluntária não seria profissional, e esta é uma conceituação polêmica.

Em realidade, Voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática Profissional não-remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em beneficência, por um período determinado ou não.

Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, na atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício profissional se este fosse remunerado.

Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou em outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas de matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam dele!

Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.

Ética Profissional: Pontos para sua reflexão:

É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência.

Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas, responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você...

Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis!

A correção de aneurisma é considerada uma grande cirurgia e várias
complicações pós-operatórias específicas podem surgir. Uma das mais sérias é
o IAM, decorrente de doença arterial das coronárias.

A monitorização da função dos rins, através da ingestão e eliminação de
líquidos, é vital, pois complicações renais podem ocorrer, devido à isquemia por
baixo fluxo aórtico, redução do débito cardíaco, êmbolos, hidratação
inadequada ou pinçamento da aorta acima das artérias renais durante a
cirurgia.

Êmbolos também podem alojar-se nas artérias das extremidades inferiores ou
mesentéricas. As manifestações clínicas incluem: sinais de oclusão arterial
aguda (dor ou perda dos nervos sensitivos decorrentes da isquemia,
parestesias e perda da sensação de posição, poiquilotermia(frieza), paralisia,
palidez cutanea, ausência de pulso) , necrose intersticial, íleo paralítico,
diarréia e dor abdominal.

Isquemia da medula espinhal pode ocorrer, resultando em tetra/paraplegia,
incontinência urinária e retal ou anestesia, hipoestesia nos hemisférios de
correlação clínica e alteração do tonus vascular podendo resultar em
comprometimento da temperatura, quando o aneurisma estiver rompido.

Na endarterectomia de carótida o paciente apresenta grande risco de ter a
perfusão cerebral reduzida durante a cirurgia, por embolização, que causa
oclusão cerebral e isquemia; podem surgir coágulos na artéria causando
isquemia cerebral; aumento da Pressão Intracraniana (PIC), devido à
hemorragia intracraniana; perfusão cerebral inadequada, em virtude da
intolerância ao clampeamento da artéria.

Os cuidados de enfermagem a estes pacientes são essenciais nas primeiras 24
horas e incluem: avaliação cuidadosa dos sinais vitais e da função neurológica
( reação pupilar, nível de consciência, função motora e sensorial). Manter a
cabeça ereta e elevada ajuda na permeabilidade das vias aéreas e minimiza o
"stress" no local da cirurgia. Avalia-se o padrão respiratório, a pulsação e a
pressão arterial. A pressão arterial sistólica será mantida entre 120 e170mmHg
para garantir a perfusão cerebral. Pode ocorrer obstrução das vias aéreas
superiores devido ao engurgitamento do pescoço ou à formação de hematoma
localizado. Se ocorrer está hematoma é indicada aplicação de frio no local da
incisão.

É necessário avaliar a função dos nervos cranianos: facial(VII), vago(X),
acessório(XI) e hipoglosso(XII). Os danos mais comuns são: paralisia das
cordas vocais ou dificuldade no controle da saliva e desvio da língua. Em geral,
o dano é temporário, mas pode durar meses. Os danos mais comuns são:
paralisia das cordas vocais ou dificuldade no controle da saliva e desvio da
língua.

As complicações mais comuns da cirurgia vascular são: a hemorragia e o
choque, que podem resultar da cirurgia ou de uma lesão associada à aorta, à
veia cava ou a vasos próximos, inclusive artérias e veias ilíacas, renais ou
lombares.
5.6 CIRURGIA DA CABEÇA E PESCOÇO
Das cirurgias que envolvem a especialidade cabeça-pescoço, com indicação
de assistência em UPO são:
Tireoidectomia total : ressecção total da glândula tireoide, normalmente feita
nos casos de câncer da tireóide (SRPA).

Tireodectomia parcial : ressecção parcial da glândula tireoide .
Laringectomia: ressecção da laringe (SRPA)
Laringectomia total: retirada completa da laringe, cartilaginosa, do osso hióde

e dos músculos em fita inseridos na laringe e possível exerese do espaço pré -
epiglótico junto com a lesão (SRPA).
Dissecção cervical radical: envolve a retirada de toda gordura subcutânea
dos canais linfáticos e de alguns dos músculos superficiais, de uma
determinada região do pescoço (B e SRP).
Hemiglossectomia: remoção do segmento lateral da língua.
Intervenções de Enfermagem

Os cuidados de enfermagem à pacientes com extensa cirurgia de cabeça e
pescoço requerem um intenso monitoramento de sinais vitais, gases
sanguíneos e exames laboratoriais. É essêncial nesta e nas fases
subsequentes atenção às necessidades de conforto, nutrição e comunicação.

A obstrução das vias aéreas é uma das mais sérias complicações no pós
operatório. Sintomas de inquietação ou dispnéia, taquicardia e taquipnéia
indicam que as vias aéreas estão obstruídas(dudas). Esta pode ser uma
resposta ao edema ou hemorragia, sendo que na tireoidectomia por dano
bilateral do nervo laringeo(cp6l). Deve-se manter nebulização continua para
facilitar a respiração e fluidificação das secreções, realizar aspiração do
estoma, nariz e boca, com sondas maleáveis e não traumáticas. Pode ser
necessário ventilação mecânica , material de entubação deve estar preparado
(tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia)(cp62).

A imobilização da cabeça e pescoço é essencial para evitar a flexão e
hiperextensão do pescoço, com resultante tensão e edema na linha de sutura .
O paciente deve ser posicionado em semi-fowler baixa, com a cabeça elevada
cerca de 30 graus. Esta posição promove a drenagem das secreções, reduz o

edema, evita a compressão nas linhas de sutura e facilita as respirações.
Mobilizar, estimular a tosse e respiração profunda são essenciais para evitar
atelectasias e pneumonia hipostática (cp62) e( RPA).

Geralmente a drenagem do estoma da traquestomia é mínima. O curativo fica
sujo devido as secreções e sudorese. O mesmo deve ser trocado sempre que
necessário e a pele mantida limpa e seca para evitar maceração e infecção. A
pele ao redor do estoma deve ser limpa com soro fisiológico e solução
antisséptica. As bordas da traqueostomia protegidas com gazes dobradas. A
fixação da cânula de traqueostomia deve ser suficiente para assegurar uma
tensão adequada e evitar deslocamento ou saída acidental , que pode resultar
em complicações agudas das vias aéreas .

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A assistência de enfermagem no pós-operatório imediato é de fundamental
importância dentro do contexto do atendimento multidisciplinar ao paciente
grave. Evidentemente, além dos cuidados de enfermagem que visam promover
o conforto e o bem estar do paciente , o profissional nesta unidade deve ter
amplo conhecimento das alterações fisiológicas induzidas pelo ato cirúrgico,
estando apto a detectar precocemente alterações que possam comprometer a
evolução deste, comunicando e discutindo o quadro clínico com a equipe
multidisciplinar, para que ações imediatas possam ser tomadas.

A correção de aneurisma é considerada uma grande cirurgia e várias
complicações pós-operatórias específicas podem surgir. Uma das mais sérias é
o IAM, decorrente de doença arterial das coronárias.

A monitorização da função dos rins, através da ingestão e eliminação de
líquidos, é vital, pois complicações renais podem ocorrer, devido à isquemia por
baixo fluxo aórtico, redução do débito cardíaco, êmbolos, hidratação
inadequada ou pinçamento da aorta acima das artérias renais durante a
cirurgia.

Êmbolos também podem alojar-se nas artérias das extremidades inferiores ou
mesentéricas. As manifestações clínicas incluem: sinais de oclusão arterial
aguda (dor ou perda dos nervos sensitivos decorrentes da isquemia,
parestesias e perda da sensação de posição, poiquilotermia(frieza), paralisia,
palidez cutanea, ausência de pulso) , necrose intersticial, íleo paralítico,
diarréia e dor abdominal.

Isquemia da medula espinhal pode ocorrer, resultando em tetra/paraplegia,
incontinência urinária e retal ou anestesia, hipoestesia nos hemisférios de
correlação clínica e alteração do tonus vascular podendo resultar em
comprometimento da temperatura, quando o aneurisma estiver rompido.

Na endarterectomia de carótida o paciente apresenta grande risco de ter a
perfusão cerebral reduzida durante a cirurgia, por embolização, que causa
oclusão cerebral e isquemia; podem surgir coágulos na artéria causando
isquemia cerebral; aumento da Pressão Intracraniana (PIC), devido à
hemorragia intracraniana; perfusão cerebral inadequada, em virtude da
intolerância ao clampeamento da artéria.

Os cuidados de enfermagem a estes pacientes são essenciais nas primeiras 24
horas e incluem: avaliação cuidadosa dos sinais vitais e da função neurológica
( reação pupilar, nível de consciência, função motora e sensorial). Manter a
cabeça ereta e elevada ajuda na permeabilidade das vias aéreas e minimiza o
"stress" no local da cirurgia. Avalia-se o padrão respiratório, a pulsação e a
pressão arterial. A pressão arterial sistólica será mantida entre 120 e170mmHg
para garantir a perfusão cerebral. Pode ocorrer obstrução das vias aéreas
superiores devido ao engurgitamento do pescoço ou à formação de hematoma
localizado. Se ocorrer está hematoma é indicada aplicação de frio no local da
incisão.

É necessário avaliar a função dos nervos cranianos: facial(VII), vago(X),
acessório(XI) e hipoglosso(XII). Os danos mais comuns são: paralisia das
cordas vocais ou dificuldade no controle da saliva e desvio da língua. Em geral,
o dano é temporário, mas pode durar meses. Os danos mais comuns são:
paralisia das cordas vocais ou dificuldade no controle da saliva e desvio da
língua.

As complicações mais comuns da cirurgia vascular são: a hemorragia e o
choque, que podem resultar da cirurgia ou de uma lesão associada à aorta, à
veia cava ou a vasos próximos, inclusive artérias e veias ilíacas, renais ou
lombares.
5.6 CIRURGIA DA CABEÇA E PESCOÇO
Das cirurgias que envolvem a especialidade cabeça-pescoço, com indicação
de assistência em UPO são:
Tireoidectomia total : ressecção total da glândula tireoide, normalmente feita
nos casos de câncer da tireóide (SRPA).

Tireodectomia parcial : ressecção parcial da glândula tireoide .
Laringectomia: ressecção da laringe (SRPA)
Laringectomia total: retirada completa da laringe, cartilaginosa, do osso hióde

e dos músculos em fita inseridos na laringe e possível exerese do espaço pré -
epiglótico junto com a lesão (SRPA).
Dissecção cervical radical: envolve a retirada de toda gordura subcutânea
dos canais linfáticos e de alguns dos músculos superficiais, de uma
determinada região do pescoço (B e SRP).
Hemiglossectomia: remoção do segmento lateral da língua.
Intervenções de Enfermagem

Os cuidados de enfermagem à pacientes com extensa cirurgia de cabeça e
pescoço requerem um intenso monitoramento de sinais vitais, gases
sanguíneos e exames laboratoriais. É essêncial nesta e nas fases
subsequentes atenção às necessidades de conforto, nutrição e comunicação.

A obstrução das vias aéreas é uma das mais sérias complicações no pós
operatório. Sintomas de inquietação ou dispnéia, taquicardia e taquipnéia
indicam que as vias aéreas estão obstruídas(dudas). Esta pode ser uma
resposta ao edema ou hemorragia, sendo que na tireoidectomia por dano
bilateral do nervo laringeo(cp6l). Deve-se manter nebulização continua para
facilitar a respiração e fluidificação das secreções, realizar aspiração do
estoma, nariz e boca, com sondas maleáveis e não traumáticas. Pode ser
necessário ventilação mecânica , material de entubação deve estar preparado
(tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia)(cp62).

A imobilização da cabeça e pescoço é essencial para evitar a flexão e
hiperextensão do pescoço, com resultante tensão e edema na linha de sutura .
O paciente deve ser posicionado em semi-fowler baixa, com a cabeça elevada
cerca de 30 graus. Esta posição promove a drenagem das secreções, reduz o

edema, evita a compressão nas linhas de sutura e facilita as respirações.
Mobilizar, estimular a tosse e respiração profunda são essenciais para evitar
atelectasias e pneumonia hipostática (cp62) e( RPA).

Geralmente a drenagem do estoma da traquestomia é mínima. O curativo fica
sujo devido as secreções e sudorese. O mesmo deve ser trocado sempre que
necessário e a pele mantida limpa e seca para evitar maceração e infecção. A
pele ao redor do estoma deve ser limpa com soro fisiológico e solução
antisséptica. As bordas da traqueostomia protegidas com gazes dobradas. A
fixação da cânula de traqueostomia deve ser suficiente para assegurar uma
tensão adequada e evitar deslocamento ou saída acidental , que pode resultar
em complicações agudas das vias aéreas .

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A assistência de enfermagem no pós-operatório imediato é de fundamental
importância dentro do contexto do atendimento multidisciplinar ao paciente
grave. Evidentemente, além dos cuidados de enfermagem que visam promover
o conforto e o bem estar do paciente , o profissional nesta unidade deve ter
amplo conhecimento das alterações fisiológicas induzidas pelo ato cirúrgico,
estando apto a detectar precocemente alterações que possam comprometer a
evolução deste, comunicando e discutindo o quadro clínico com a equipe
multidisciplinar, para que ações imediatas possam ser tomadas.

V- USO APROPRIADO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO

1- BISTURI

Existem alguns métodos para segurar um bisturi, dependendo muito onde e como vai ser usado:
a) Como uma faca, onde o dedo indicador posiciona-se sobre a porção dorsal posterior da lâmina, com a finalidade de controlar a pressão dessa sobre o tecido a ser enfocado. Usar esta posição para as incisões de pele e de tecidos mais duros. b) Como um lápis, podendo dessa maneira ser manipulado pelos dedos sem movimentar o pulso. Usado para dissecação e incisões delicadas, onde não há necessidade de pressão sobre o tecido a ser incisado. c) Para limpeza ou afastamento do tecido gorduroso ou aponeurose, ou ainda dissecação sobre estruturas, o bisturi é manipulado em ângulo oblíquo em relação aos tecidos.
Uso em Golpe Segurando como a um lápis. Segurando de forma oblícua.

Exemplos de como segurar o bisturi.


Cabos de bisturi


Maneira correta de trocar a lâmina do bisturi
Tirando a lâmina do envólucro.

Lãminas e seus respectivos cabos.
Cabo 4 Lãminas para cabo 4. Cabo 3 Lãminas para cabo 3.

Bisturi elétrico
Bisturi elétrico em uso.

2- PINÇA DE DISSECAÇÃO (com e sem dentes – Cushing - Hadson).

Estas pinças são seguras entre o polegar e os 2o e 3o dedos. Existem muitos tipos dessas pinças, e elas devem ser usadas nos tecidos para os quais foram feitas. Como exemplo, a pinça de dissecação com ponta delicada não deve ser usada na pele.


Hadson sem dente


Hadson com dente

Cushing com dente

Cushing sem dente
Como segurar a pinça de Cushing.
Cushing com e sem dente: comparativo.

3- PINÇAS DE TECIDOS, HEMOSTÁTICAS E TESOURAS

Todos os instrumentos com alças são empunhados da mesma maneira. O dedo polegar e o 4o dedo são colocados e ajustados nas alças, o 2o dedo (indicador) é usado perto ou acima da articulação e serve, junto com o 3o dedo, para estabilizar e direcionar o instrumento.
Maneira correta de segurar
    3.1- Pinças Hemostáticas Traumáticas
Devem abranger somente o vaso sangrante e incluir o mínimo possível de tecido adicional. O assistente deve segurar a pinça com a ponta voltada em direção ao cirurgião, de maneira que o vaso possa ser facilmente ligado. Após o primeiro nó ser feito e estar sendo apertado, a pinça hemostática é removida de maneira a permitir que o nó seja apertado por completo e possa ser feito o 2º nó.

Pinças hemostáticas traumáticas. Piças hemostáticas traumáticas.


Exemplos de pinças.
Pinça de Pean. Pinça de Pean. Pinça de Kelly.
Pinças de Halsted. Tipos de pontas de pinças de Halsted. Halsted com ponta reta. Halsted com ponta curva.
Se não souber identificar, passe o mouse em cima da imagem.
    3.2- Pinças Hemostáticas Não Traumáticas
Este tipo de pinça é usado para ocluir a circulação em grandes vasos.
O vaso deve ser pinçado o suficiente para oclusão do fluxo sangüíneo, de maneira a minimizar o trauma vascular.

Detalhes das pinças não traumáticas. Pinça de Mixter. Pinça de Mixter.
    3.3- Pinças de Tecidos
Devem ser usadas nos tecidos para os quais foram planejadas de maneira a minimizar o trauma. Por exemplo, a pele não deve ser pinçada com pinças de Allis, que devem ser usadas em tecidos mais moles.
Detalhes da pinça de tecidos. Detalhe de ponta da pinça de Kocker. Detalhe de ponta da pinça de Kocker. Maneira de segura a pinça.
    3.4- Tesouras
As tesouras são destruídas rapidamente quando usadas para outros fins que não os aconselhados.
As tesouras para cortar fios cirúrgicos geralmente são tesouras retas ponta reta romba, e devem ser usadas para fios que não arames ou metálicos. As tesouras para cortar fios metálicos são especiais e menores que as cirúrgicas. Para cortar fios cirúrgicos, abrem-se pouco as lâminas, que deslizam sobre as pontas a serem cortadas e viradas levemente antes das lâminas cortarem o fio. O tamanho do fio cortado vai depender do grau de rotação da tesoura.
Tesouras para tecidos devem ser usadas sempre que se possa ver o tecido entre suas lâminas.
Tesouras para dissecação romba, inserir as lâminas fechadas e abri-las, separando os tecidos.

Conjunto de tesouras
Conjunto de tesouras.Conjunto de tesouras.

Partes de uma tesoura.
Partes da tesoura.
Pontas de tesouras
Pontas de tesouras.
Ponta rombaTesoura reta com ponta fina.Tesoura curva com ponta romba.Tesoura reta, ponta romba.


Exemplos de tesouras.
Tesouras de fio e bandagem.


Maneira correta de segurar as tesouras.

Exemplos de uso.
Corte de peritoneo com curva Corte de peritoneo com curva Corte de peritoneo com curva Corte de músculo com curva. Corte de músculo com reta.

4 - RETRATORES ou AFASTADORES

Os retratores são usados para se abrir as cavidades de acesso à manipulação cirúrgica.
Podem causar lesões muito grandes nos tecidos, se usados impropriamente. A força excessiva aplicada a um retrator é um substituto muito pobre para uma incisão inadequada.
Afastadores mais usados.


Uma compressa embebida em solução salina morna deve ser usada entre o retrator e os tecidos, de maneira a proteger as bordas de uma incisão abdominal ou torácica.

Maneira correta de proteger as bordas para colocação do afastador.
Colocação da gaze protetora. proteção para colocação do afastador.


Afastador de Farabeuf - manual.
Afastador de Farabeuf. Farabeuf em uso. Farabeuf em uso. Farabeuf em uso.

Afastador de FINOCHIETTO (autoestático)
Afastador de Finochietto. Afastador de Finochietto. Afastador de Finochietto.
Afastador de Finochietto. Como usar o afastador de Finochietto. Como usar o afastador de Finochietto.

Afastador de Weitlaner (autoestático)

Afastador de Weitlaner. Afastador de Weitlaner. Afastador de Weitlaner.
Afastador de Weitlaner. Afastador de Weitlaner. Afastador de Weitlaner. Afastador de Weitlaner.
Afastador de Weitlaner. Afastador de Weitlaner. Afastador de Weitlaner.

Afastador de Gosset (autoestático)
Afastador de Gosset. Afastador de Gosset. Afastador de Gosset. Afastador de Gosset.

5- PORTA AGULHAS

As agulhas curvas devem ser colocadas na ponta do porta agulha, a uma distância de um quarto do fundo da agulha. Não se usam porta-agulhas com agulhas retas. Quando são usados para fazer os pontos ou para atar os nós cirúrgicos, devem ser seguros como tesouras ou na palma da mão, sem os dedos nas alças.
Partes: alça ou empunhadura, catraca ou cremalheira, articulação e ponta.

Porta agulhas
Tipos de porta agulhas.

Porta agulhas de Mathieu
Porta agulhas de Mathieu. Porta agulhas de Mathieu (cremalheira). Porta agulhas de Mathieu com agulha.

Porta agulhas de Mathieu. Ponta. Porta agulhas de Mathieu. Cremalheira. Porta agulhas de Mathieu. Cremalheira. Porta agulhas de Mathieu. Cremalheira.

Holsen-Hegar - porta-agulhas e tesoura.
Porta agulhas de Olsen-Hegar. Porta agulhas de Olsen-Hegar. Porta agulhas de Olsen-Hegar. Lãmina e ponta. Porta agulhas de Olsen-Hegar. Ponta. Porta agulhas de Olsen-Hegar. Detalhe.

Holsen-Hegar - porta-agulhas e tesoura.
Porta agulahas de Hegar. Porta agulahas de Hegar. Porta agulahas de Hegar. Porta agulahas de Hegar.

6- APARELHO DE ASPIRAÇÃO

Geralmente usados para aspirar o sangue do campo cirúrgico, sendo um problema comum a presença de coágulos em sua ponta. Isto é prevenido irrigando-se o campo operatório com solução salina e aspirando-a no início da cirurgia e periodicamente durante a mesma.
É usado para aspirar a solução fisiológica usada para a lavagem final da ferida cirúrgica, drenagem de líquido fisiológico ou patológico em cavidades.

7- AGULHAS DE SUTURA

Caixa de agulhas.
    7.1- Partes
Fundo
1. Sem fundo - a fio é inserido dentro da agulha - este tipo é chamado de atraumática. Quando existe agulha em ambas extremidades do fio é chamado de dupla.
2. Fundo regular, alongado
3. Fundo quadrado
4. Fundo arredondado
5. Fundo de Benjamim
6. Fundo francês, em garfo ou falso - quando o fio pode ser inserido por pressão, sem ser enfiado.

Tipos de fundos de agulhas.
Corpo
O corpo é classificado de acordo com o formato de sua secção, que pode variar nos diferentes pontos da agulha. Podem ser, redondos, ovalados, triangulares, em forma de losango, etc.
Curvatura - podem ser:
  • Retas
  • 3/8 de círculo
  • Meio círculo
  • 5/8 de círculo
  • Meia curva
  • Dupla curvatura
  • Semi-reta.



  • Corpo de agulhas.

    Tamanhos de agulhas

    Corpo e Pontas
    As pontas devem ser arredondadas, em forma de trocarte,com corpo cortante triangular, cortante reverso, cortante lateral, redonda com ponta romba (para fígado), ponteaguda cortante. As cortantes são chamadas de traumáticas e as não cortantes de atraumáticas.

    Ponta. Ponta. Ponta.
    Corpo e pontas de agulhas.


    Corpo, afilamento e Pontas
    Agulha afilada. Agulha afilada. Agulha convencional. Agulha com corte.

    Exemplos de agulhas.
    Tamanhos originais de agulhas.

    Agulha com fio. Agulha grande.

    Meio curva.Agulha em S Agulha para viscera oca.